O Instituto Inhotim é a
sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e
considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 30 mil
habitantes, a apenas 60 km de Belo Horizonte.
Etimologia
Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma
fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo
responsável era um inglês, de nome Timothy - o "Senhor Tim", que, na
linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim".
Surgiu em 2004 para abrigar a
coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se
desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que
agora está no Inhotim.
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares
sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da decada de
1970 até
a atualidade, em dezoito galerias (em 2011). São 450 obras de artistas brasileiros e
estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken,
Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares,
Marcellvs e Rivane
Neuenschwander.
As
exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas. Em
2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores. No
mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169.289.
O
Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com encraves de cerrado nos
topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 m e 1.300 m acima
do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares,
tendo como área de preservação 440,16 ha, que compreendem os fragmentos de mata
e incluem uma Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 ha.
A
área de visitação do Inhotim tem 96,87 ha e compreende jardins, galerias,
edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com
aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água. O
jardim botânico tem 4.300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011 e
está cercado por mata nativa, com trinta por cento de todo o acervo em
exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011). Em
reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o
instituto recebeu do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a
classificação oficial de jardim botânico, na categoria C. Nesse
jardim, estão cerca de 1.500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção
do tipo do mundo.
Em fevereiro de 2010,
os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A
intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de
Fabiano Cypriano para o jornal Folha de São Paulo, cita-se que as mudanças
criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a
exibição da produção contemporânea".
Aberto
de terça a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com
monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar
previamente. As terças a entrada é de graça.
O
parque abriga diversas plantas raras, tanto nativas quanto exóticas.
Flor cadáver |
O
Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Indonésia
conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira
vez em 15 de dezembro de 2010,
e novamente em 27 de dezembro de2012. A
flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público,
e pôde ser visitada por interessados e curiosos.
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socratea exorrhiza -paxiuba |
A Palmeira que anda
Popularmente conhecida como Paxiúba, essa palmeira amazônica, possuí a característica de trocar de lugar, como por exemplo sair debaixo da sombra de outra árvore. Quando nascem as novas raízes e as outras apodrecem, ela consegue mudar de lugar, movendo seu tronco.
Cientifico: Socratea exorrhiza
Popular: paxiuba, árvore que anda
Descrição: Caule simples, ereto, cilíndrico, com até 20m de altura e 10 a 18cm de diâmetro. Raízes aéreas amplamente espaçadas, é utilizada na fabricação de assoalhos e paredes de casas.
Origem: Amazonas, Maranhão e Pará.
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