sexta-feira, 26 de abril de 2013

Praia da Ponta Negra-Manaus, Rio Negro-Manaus



Praia da Ponta Negra - Rio Negro, Manaus
O historiador Mário Ypiranga Monteiro relata em seu livro "Roteiro Histórico de Manaus" que não há muitos registros quanto à data do início de ocupação da área onde hoje está localizado o bairro da Ponta Negra, mas se sabe que a região, por volta de 1650, era habitada por tribos indígenas. Conforme dados do historiador, escritor e artista plástico Moacir de Andrade, uma missão foi fundada por Jesuítas na área do Tarumã, com a existência de índios Aruaque e Alófila, mas não se sabe ao certo se existe uma ligação com a Ponta Negra.
"Uma via em declive tendo duas pontas da enseada que são orladas de mato." Assim Mario Ypiranga Monteiro designou a praia da Ponta Negra que domina a paisagem do bairro. Não se sabe ao certo o ano do surgimento do que viria a ser o cartão postal da cidade. No entanto, sabe-se que no período áureo da borracha, a região servia como fornecedora de matéria-prima para as construções, tanto que se chamava Areal, justamente por ser ter muita areia no local. Da Ponta Negra, também saíam grandes quantidades de carvão e pedras. No local também havia uma grande propriedade onde era cultivado caju, que pelo grande porte das árvores ficou conhecida como Cajual.
Por muito tempo, a única forma de acesso à praia da Ponta Negra era através de barcos, dada seu isolamento dos outros bairros de Manaus. Somente no primeiro governo de Gilberto Mestrinho, de 1959 a 1963, é que foi aberta a via de acesso ao local, mas mesmo assim, chegar até a praia era uma aventura, pois a estrada era de barro e não oferecia segurança aos transeuntes e nem aos condutores de veículos. A praia foi se firmando como um ponto de reunião da sociedade amazonense, para onde as famílias se dirigiam nos fins de semana e feriados, principalmente nos meses mais quentes de agosto, setembro e outubro.
Só mais tarde a estrada recebe pavimentação, facilitando assim a chegada de mais infra- estrutura urbana ao bairro, com a aquisição de terrenos e construção de grandes propriedades particulares. O acesso ao local foi também melhorado com criação de linha regular de ônibus, funcionando apenas nos sábados, domingos e feriados. No entanto, o processo de modernização da Ponta Negra começa mesmo com a duplicação da estrada, no início da década de 1970, e a construção de conjuntos residênciais, como o Jardim Europa, que por muitos anos permaneceu como a área residencial mais distante do Centro da Cidade.
Dados do bairro - População:  3.020 habitantes.
Ao longo da estrada da Ponta Negra se concentram diversas instalações militares, como o CMA (Comando Militar da Amazônia), a PE (Polícia do Exército), o Centro de Embarcações, a 12° Região Militar e outras. Mais próximo da orla do rio Negro estão localizados os grandes condomínios fechados, como o Jardim Europa e Jardim das Américas, áreas residenciais de alto padrão e as mais caras de Manaus. A expansão imobiliária se voltou para o bairro da Ponta Negra no final da década de 1980, como uma tendência natural, fazendo surgir inúmeros edifícios voltados para o rio, uma vez que o bairro detém privilegiada e exuberante paisagem natural.
No processo de modernização do espaço urbano do bairro, a intervenção paisagística da praia da Ponta Negra resultou num grande complexo arquitetônico, como o calçadão, anfiteatro e restaurantes. Essa intervenção urbana mudou a paisagem e valorizou a área, já bastante rica pela sua beleza natural.
Referência de vida noturna
A Ponta Negra foi, desde sua reurbanização na primeira metade da década de 1990 até poucos anos atrás, referência, na cidade, por sua agitada vida noturna, aparecendo neste contexto o anfiteatro da Ponta negra, onde eram apresentados shows que atraíam multidões de todas as partes da cidade. No início, até grandes concertos abrilantados pela competente orquestra da cidade e, algumas vezes, também, apresentações especiais do Festival Amazonas de Óperaeram eram levados a público lá, o que contribuía com a qualidade do local.
Outra atração do bairro é a queima de fogos de artifícios na festa do Reveillon e o Aniversário da Cidade. Na área do calçadão estão concentrados os bares, como o tradicional Laranjinha, a sorveteria Glacial e ambulantes que vendem artesanato, pipocas, lanches, a casa noturna, como as casas de show Simbola.
No bairro também estão instalados os restaurantes Braseiro e Casa do Carneiro, freqüentados por apreciadores da boa gastronomia. Sem esquecer, também, um grande número de vendedores ambulantes que realizam comércio alternativo, vendendo bebidas.
Atualmente, abril de 2010, a Praia da Ponta Negra, que desde os anos noventa foi um dos cartões postais mais importantes da cidade, está praticamente desativada. O anfiteatro foi interditado devido a danos estruturais, as quadras de esporte estão em precárias condições e alguns restaurantes já fecharam, como o Chez Charufe Grill, que tem ampla vista para o Rio Negro, é ponto de referência quanto ao turismo internacional e que, durante os últimos anos enfrentou, segundo os proprietários, graves problemas com a poluição sonora causada pelos frequentadores da orla e seus carros de som, obrigando-os a fechar as portas enquanto o problema não se resolve.
Longe do glamour da orla do rio Negro, o bairro apresenta algumas dificuldades como a falta de transporte público para a Marina Tauá. Os comerciantes e moradores da área têm que se locomover a pé da entrada do Tropical Hotel até a Marina. Esta área, inclusive, apesar de ficar praticamente dentro de uma das regições de maior prestígio social da didade, não tem qualquer tipo de saneamento básico.
Alguns comércios da área estão instalados em balsas, como o bar e restaurante Sabrina, que atende um grande número de turistas e pessoas que se deslocam para praias mais distantes da orla do rio Negro e para as comunidades adjacentes.
Empreendimento em turismo
Na Ponta Negra está localizado o Park Suites Manaus, primeiro grande investimento na área, e é a porta de entrada de Manaus para grandes celebridades que visitam a cidade. A unidade é administrada pela Atlantica Hotels International a está instalado em exuberante cenário, combinando a paisagem da floresta e do rio Negro com a sofisticação de um hotel cinco estrelas.
Origem do nome
A denominação de Ponta Negra, segundo o historiador Mário Ypiranga Monteiro, não tem muita razão de ser, uma vez que o local tem diversidade de cores. Ele explica a nomenclatura da seguinte maneira: o fenômeno é resultado de uma falsa imagem produzida pela distância, pois o verde adquire um tom escuro.

















terça-feira, 2 de abril de 2013

Centro de Arte conteporânia Inhotim



O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 30 mil habitantes, a apenas 60 km de Belo Horizonte.
Etimologia
Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy - o "Senhor Tim", que, na linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim".
Surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim.
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da decada de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011). São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.
As exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas. Em 2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores. No mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169.289.
O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com encraves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 m e 1.300 m acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 ha, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 ha.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 ha e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água. O jardim botânico tem 4.300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011  e está cercado por mata nativa, com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011). Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de jardim botânico, na categoria C. Nesse jardim, estão cerca de 1.500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de São Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea". 
Aberto de terça a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente. As terças a entrada é de graça.
O parque abriga diversas plantas raras, tanto nativas quanto exóticas.




Flor cadáver
Flor-cadáver


O Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Indonésia conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, e novamente em 27 de dezembro de2012. A flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público, e pôde ser visitada por interessados e curiosos. 

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socratea exorrhiza -paxiuba


A Palmeira que anda
Popularmente conhecida como Paxiúba, essa palmeira amazônica, possuí a característica  de trocar de lugar, como por exemplo sair debaixo da sombra de outra árvore. Quando nascem as novas raízes e as outras apodrecem, ela consegue mudar de lugar, movendo seu tronco.



Cientifico: Socratea exorrhiza


Popular: paxiuba, árvore que anda
Descrição: Caule simples, ereto, cilíndrico, com até 20m de altura e 10 a 18cm de diâmetro. Raízes aéreas amplamente espaçadas, é utilizada na fabricação de assoalhos e paredes de casas.
Origem: Amazonas, Maranhão e Pará.

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